Ao longo da história conhecemos a vida das gêmeas Hephzibah e Rebecca,
que de iguais não têm nada. Enquanto Hephzi é bonita, extrovertida e se entrosa
facilmente na turma, Rebecca tem um “agravante”: Nasceu com a Síndrome de Treacher Collins- a qual deformou seu
rosto e, por conta disso, Rebecca tornou-se totalmente alheia a outras pessoas,
afinal estas só zombam de Rebecca. Contudo existe algo que ambas compartilham
com o mesmo afinco: o terror e asco que sentem pelo pai delas, o Pastor
Roderick e também com a indiferença da mãe quanto às atrocidades que o pai
comete com elas.
Sabemos que elas têm alguns problemas na família, porém no início
pensamos que o pai de Hephzi e Rebecca tem apenas algumas exigências como
roupas compridas, não usar computador, maquiagem e etc., porém com o desenrolar
do enredo, o qual é narrado em primeira pessoa por ambas as meninas, sendo um
capítulo para cada, começamos a perceber que isto era apenas a ponta do Iceberg
terrível que ronda esta família e que atrocidades e fatos inenarráveis
aconteciam com elas.
Para compreendermos o que de fato atormentava as gêmeas e as faziam não conseguir
dormir e ainda o que as meninas tanto temiam, temos a Hephzi, que está morta,
narrando o passado das meninas e como as coisas dentro de casa foram chegando
ao ápice que levaram ao seu falecimento, enquanto no presente Rebecca nos
explana como está a vida sem a irmã e nos mostrando e dizendo, através de
pensamentos e ideais, como está sendo seu crescimento – nítido – ao longo da narrativa.
E quando elas começam a falar... Nossa.
Tenso!
Foi uma leitura de arrepiar, muito forte. Confesso que surpresa com o
enredo em si eu não fiquei, pois eu já esperava algo de cunho apavorante e sem
escrúpulos (apesar de as coisas que aconteceram terem extrapolado um pouco),
mas tiveram algumas passagens que eu chorei de pena, outras que eu tinha
vontade de gritar, sair correndo ao encontro delas e salvá-las. Elas são umas
das personagens guerreiras que eu já tive o prazer de conhecer.
Este é um livro que desperta muitas emoções em quem lê, principalmente o
sentimento de orgulho ao fim.
“Eu acho que os pais nem sequer se preocuparam em descobrir o que isso
significava: para eles era apenas um motivo para me odiarem.”
Eu gostei da sua resenha, a principio o livro não iria me interessar, mas ela me levantou uma ponta de curiosidade.
ResponderExcluirBeijos.
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