14 de agosto de 2019

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A GAROTA DESAPARECIDA


A Garota Desaparecida

         
Confesso que, antes de ler esse livro, eu seria extremamente suspeita ao falar de Lisa Gardner. Eu havia lido outros livros da autora e me encantei, porém este, em específico, não me cativou tanto assim. Normalmente eu devoro thrillers psicológicos iguais a este. Ao ler A Garota Desaparecida a leitura foi morosa, sem encantamentos e, admito, nem tão surpreendente assim. Flora Dane é uma sobrevivente, como a própria adora frisar ao longo do livro. Conseguiu escapar após um período de 472 dias em cativeiro. Faz sete anos que este fato ocorreu na vida da nossa protagonista, faz sete anos que Flora tornou-se o “brinquedo” de Jacob Ness e que, variando seus dias entre um caixão de pinho e a caçamba de um caminhão, Flora foi resistindo e se transformando na sobrevivente que é hoje. Faz sete anos que Flora não esquece uma promessa que fez a ela mesma e, durante todo esse tempo em que se preparou para a tornar realidade, ela apenas esqueceu de uma ponta solta nessa história toda, e que faz a vida dela voltar a ser um martírio.    
  
Quando o caminho da detetive sargento DD Warren cruza com o de Flora, ambas não estão nos seus melhores momentos. DD está em regime de trabalho restrito após um acidente. Flora é encontrada na cena de um crime, na qual está envolvida (e é culpada) diretamente.
            
        Apesar do livro ter a detetive DD Warren como “chamariz”, neste o foco está mais na protagonista Flora, deixando a detetive como protagonista secundário. A narrativa, que intercala entre o presente e passado do sequestro, de repente vai fazendo sentido e tudo vai se encaixando. Acontecimentos do passado, que vão sendo liberados aos poucos nos capítulos que remetem ao ocorrido com Flora, acabam por se explicar sozinhos e, dessa forma, nos mostrando as motivações dela ao fazer o que fez... afinal, Flora é uma sobrevivente e faria de tudo para continuar sendo.
            Mesmo achando a leitura monótona muitas vezes, eu gostei do livro como um todo. Mexe diretamente com o psicológico, faz questionar ações que tu acha que não teria porém, ao se deparar com a descrição de certas cenas tu repensa “eu realmente não faria isso?” Ao longo da história confesso que não tive grandes surpresas, apenas um fato me enganou (o que deu um crédito a mais na leitura). Recomendo, mas não coloco como meu preferido da autora.

"Penso, enquanto volto a pegar no sono, que não estou com fome, não estou com sede. Não estou com frio, não estou com calor. Não  estou com dor nem me sinto exausta ou apavorada. 
Sou uma garota pronta para lutar" Pág 144.

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